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Relacionamentos saudáveis, pressupõem afeto. A afetividade está presente na vida do ser humano, desde sua concepção. O desenvolvimento infantil é extremamente influenciado pela presença ou falta de afeto, e em sala de aula, não é diferente. O envolvimento afetivo na relação entre professor e aluno, pode facilitar a aprendizagem, além de torná-la mais prazerosa. Crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental I, apegam-se naturalmente aos seus professores, há uma necessidade de atenção e afeto. Quando o aluno sente o afeto por parte de seu professor, desenvolve confiança e segurança no relacionamento, o que facilita a aprendizagem, tornando a criança mais feliz. Costumo brincar com meus alunos, dizendo que criança feliz, aprende mais. Ser um professor afetivo, não significa ser complacente ou permissivo. Pelo contrário, o professor deve exercer sua autoridade com firmeza e delicadeza, pois toda a criança precisa de limites e orientações claras e objetivas. 

O processo ensino-aprendizagem em sala de aula, envolve vários aspectos: confiança, segurança, objetividade, participação ativa de ambas as partes envolvidas, diálogo, entre outras. Um bom relacionamento, baseado numa afetividade saudável, pode fazer toda a diferença como facilitador para que a aprendizagem ocorra. O professor, neste sentido, tem um papel importante como cooperador no desenvolvimento de uma relação onde a afetividade pode ser favorecida por proporcionar ao aluno um ambiente alegre, acolhedor e dinâmico. O aluno é protagonista deste processo, participando ativamente dele, recebendo e distribuindo afeto. Um ambiente de aprendizagem acolhedor é motivador e convidativo, para que o aluno possa ser dinâmico e seguro na construção de seu conhecimento junto ao professor e colegas. 

Um ambiente afetivo, pode ajudar alunos tímidos, inseguros ou com problemas de aprendizagem, uma vez que o aluno tem confiança de que pode se expressar e tornar-se sujeito ativo de sua aprendizagem.

Por experiência pessoal, percebo a influência que professores afetivos tiveram na minha formação profissional. Educadores amigos e incentivadores, que me estimularam até mesmo depois de haver concluído o Ensino Fundamental. Tive vários professores afetivos, mas dou especial reconhecimento ao meu professor da quinta série, que foi uma inspiração de perseverança, pois tinha um problema neurológico que lhe afetava a fala e a coordenação e que lutou contra o preconceito, na década de 80, tornando-se um professor competente e desafiador. Foi meu grande incentivador a cursar a pedagogia.

Sendo assim, a escola deve proporcionar uma prática pedagógica, permeada de afeto e alegria, proporcionando momentos de prazer e segurança para que o aprendizado seja significativo e, para que o professor seja um grande incentivador na superação de desafios e dificuldades.

Patrícia Bittencourt
Professora do Fundamental I do CSC



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