Ei, o que você pretende deixar para seu filho? Com certeza, 99% dos pais responderá, que é a EDUCAÇÃO. 
Mas como garantir que este jovem tenha sucesso, encontre sua vocação e esteja preparado para o futuro? O começo desta história é na escola. É nela que aprende-se os conhecimentos científicos, os meios e os modos do mundo, as tradições de nossa cultura, o que se deve fazer para ter sucesso e o que a sociedade espera dos jovens. 
Um aspecto comum entre estudantes é que muitos dos seus interesses estão fora da escola. Para alunos que não são comprometidos, isso prejudica. Como não estão preocupados com o resultado do seu desempenho escolar envolvem-se e perdem-se no tempo com estas atividades. Já os bons alunos mesclam suas atividades aos estudos. Conseguem seguir seus interesses dentro e fora da escola e com isso não deixam de ter sucesso, viver com alegria e atuar no mundo.
Uma pesquisa feita pelo Movimento Todos pela Educação, apresentada pela revista Época há algum tempo atrás, traz algumas particularidades muito interessantes. Junto às famílias se levantou algumas questões não tão favoráveis como a falta de tempo dos pais para acompanhar os filhos, dificuldade dos pais junto ao conteúdo a ser estudado, entendimento de que a escola é a única responsável pela educação dos filhos. Mas, positivamente, também são os pais que estão à frente das escolhas na vida escolar dos filhos. São eles que vão em busca de uma escola de qualidade, observam a relação do filho com os professores, a ação da influência dos colegas da escola e estimulam os  talento naturais nos filhos.
Como família e escola querem participar com afinco da vida escolar dos seus filhos e alunos, destacamos algumas características encontradas da formação de um BOM ALUNO.
O incentivo – o incentivo e o elogio ajudam a construir autoconfiança e gosto pelo esforço. O elogio adequado é capaz de transformar. O elogio deve vir após um esforço grande, um trabalho duro e comprometido. Com isso poderá desenvolver o gosto pelo risco, pela persistência, pela busca da superação.
O prazer de aprender – os pais e os professores devem estimular paixões naturais no estudante e a partir delas estimular pesquisas, leituras, aprofundamento naquilo que o estudante gosta. Isso ajuda a criatividade, a buscar por conta própria, a fazer conexões, a tirar conclusões e a desenvolver habilidade para solucionar problemas. Esse tipo de aluno – capaz de associações e reflexões – é muito esperado pelas universidades e futuramente no mercado de trabalho.
O orgulho do resultado – “nem sempre o prazer de aprender vem da paixão por algo específico. Muitas vezes, trata-se do prazer de fazer bem feito, uma espécie de orgulho de ter realizado algo.” (Revista Época, pág 77, 2010) A disciplina e a organização do aluno são importantes para o bom resultado. O exemplo dos pais diante destes aspectos propicia nos estudantes o comprometimento pelo estudo. O aluno precisa ser orientado, e posteriormente aprender, a se concentrar para as atividades, a cumprir com os combinados, a respeitar as regras e a ter responsabilidades. O cumprimento dos deveres é um ponto muito forte nos bons alunos, eles assimilam melhor os conteúdos e verificam o aprendizado, principalmente se conseguem realizar sozinhos.
A resiliência / A determinação – resiliência entende-se como a capacidade de uma pessoa se recobrar dos episódios ruins ou resistir a dificuldades. A determinação é geralmente encontrada nos bons alunos. Mas podemos “incutir” determinação em alguém? Geralmente é uma característica da personalidade, mas pode-se, sim, influenciar a ser determinado, a resistir às frustrações e a não desistir diante das dificuldades.
O gosto da competição – um poderoso incentivo aos que querem ser bons alunos é a vontade de vencer, de estipular e buscar atingir metas (cada vez maiores). A escola deve ser apresentada pelos pais e professores como uma solução, um bom desafio e não como algo chato e cansativo. O valor dado à nota escolar deve ser menor que a alegria de aprender e vencer.
O pensamento solto – algumas atividades na vida escolar e no dia-a-dia parecem ter menos importância, mas não é assim. A Arte, por exemplo, além da criatividade, desenvolve a sensibilidade e a observação, a interpretação e o olhar além do real e do concreto. Aspectos que favorecem na hora de resolver problemas e associar fatos. 
A inspiração de alguém – Quem você admira? Por quê? Os bons alunos, muitas vezes possuem pessoas que os inspira. Alguém que dá o bom exemplo! Então, ter alguém como inspiração é uma grande motivação. Muitos são os casos onde ter algum referencial, alguém a seguir, é uma motivação para o aprendizado. Mas isso tudo deve ser observado para que o resultado não seja o oposto, o estudante pode se sentir intimidado por aquela figura e acabar se frustrando por não conseguir ser aquela pessoa de sucesso.
Pois bem, não há pai ou mãe que não sonhe com isso: que seu filho vá bem na escola. Aqui ficam algumas dicas de como descobrir esse caminho.

Adaptação do artigo “Como se forma um bom aluno” da Revista Época de março de 2010.

Luciane Campos Goulart de Albuquerque
Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental II